quarta-feira, 31 de março de 2010

Depois de alguns dias, esses que deu para se despedir da família, ir aos seus sítios preferidos e dizer um breve até já aos amigos , decidiu partir para o outro canto do mundo.
Tudo era diferente , as culturas principalmente , tudo na sua vida tinha mudado menos os sentimentos que tem por ele, continuava a pensar nele de minuto a minuto e a fazer dele o seu motivo de respiração.
Um amor impossível que morreu pelos seus dias de trovoadas. Não podia continuar a viver assim mas já se tinha apercebido que aquele amor verdadeiro não fugia do seu peito nem que fosse arrancado por um instrumento qualquer.
E para tentar afugentar a dor deitou-se na cama do seu novo quarto que cheirava a rosas pois a senhoria tinha feito questão de decorar o quarto com um toque de requinte e ousadia, apanhou na folha de papel e começou a escrever :
“Liberta-me deste amor, destas algemas, desta paixão que tomou conta do meu coração. Liberta-me de ti, liberta-me da dor da tua ausência e deixa que eu levante para um voo livre e num bater das minhas asas presas de movimentos, não terei hora marcada, não terei regresso. Voarei livre até que me sinta cansada, mas eternamente feliz.
Liberta-me da tua presença ausente. Fiquei cansada de estar à tua espera e nunca mais chegaste. Liberta-me desta saudade, desta ansiedade daquele dia que volte a ouvir a tua voz, desta tua vida que nunca foi nossa. Deixa com que eu viva a minha vida, longe da pressão de ainda sentir a tua presença cheia de indiferença. Apenas liberta o meu coração para que o deixes livre de ti…”
E com o rosto cheio de lágrimas pousou a cabeça sobre almofada fechou os olhos e entrou num sono profundo…


(continuará)

10 comentários:

Deixa aqui, o rumo que queres levar na viagem da tua vida